Após 21 altas consecutivas, as exportações da indústria de transformação do Rio Grande do Sul voltaram a cair em outubro, na comparação com o mesmo mês de 2021: atingiram US$ 1,26 bilhão, recuo de 3,83% (-US$ 50,4 milhões). A queda nas exportações mensais deve-se mais ao efeito quantidade do que ao efeito preço, com os produtos vendidos apresentando retração de 17,4%, segundo análise da Unidade de Estudos Econômicos da FIERGS com base no resultado divulgado pela Secex. Em compensação, no acumulado do ano – de janeiro a outubro de 2022 ante o mesmo período de 2021 –, ocorreu um incremento de US$ 2,79 bilhões nessas vendas externas, avanço de 24,5%.
Quanto às exportações totais (que além da indústria de transformação incluem também, entre outras, a indústria extrativa e o setor de agricultura e pecuária), o Estado apresentou US$ 1,98 bilhão em vendas, valor US$ 139,7 milhões menor do que o registrado em outubro de 2021. A queda registrada nessas vendas gerais do Estado deve-se a uma menor demanda por bens intermediários, que apresentaram uma queda de 10,8%, em especial o recuo em Soja mesmo triturada (-US$ 166,4 milhões) e Plásticos (-US$ 69,7 milhões). A retração deve-se principalmente ao desaquecimento do mercado externo.
Quem mais se destacou foi Tabaco (+US$ 51,8 milhões, +43,4%), tendo Bélgica e Emirados Árabes como principais destinos. Na segunda colocação, o setor de Veículos automotores, reboques e carrocerias aumentou suas vendas em US$ 45,3 milhões, avanço de 69,2% ante outubro do ano passado. Os embarques para a Colômbia e o Chile foram os principais responsáveis pelo incremento mensal. Quanto ao setor de Alimentos (+US$32,2 milhões, correspondente a +8,90%), os destinos das exportações do setor foram especialmente a China e o Senegal. Já os destaques negativos ficaram por conta de Químicos (-US$ 88,1 milhões ou -46,6%), e Couro e Calçados (-US$ 21 milhões ou -21%).
Comunicação da FIERGS
