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Aumento das despesas deve piorar quadro fiscal em 2023

Aumento da arrecadação em 2022, influenciado pelo crescimento da atividade econômica, pela recuperação do mercado de trabalho e pelas arrecadações atípicas relacionadas à exploração de recursos naturais e privatizações favoreceram o quadro fiscal da economia brasileira, segundo análise da CNI. Nesse cenário, o governo federal deve encerrar 2022 com superávit primário de R$ 75,1 bilhões (0,9% do PIB projetado pela CNI), o primeiro superávit desde 2013.

O cenário fiscal de 2023, contudo, será diferente. A PEC da Transição possibilita a expansão adicional de até R$ 200 bilhões nas despesas primárias do governo federal em 2023, fora do teto de gastos. A expansão dos gastos pode gerar efeitos positivos sobre o crescimento do PIB em um primeiro momento, mas pode trazer consequências negativas para a economia brasileira, com aumento de inflação, desvalorização do câmbio e aumento dos juros.

Na projeção da CNI, dado o quadro fiscal de 2023, a expectativa é que o Banco Central do Brasil manterá a Selic em 13,75% a.a. até meados de setembro de 2023, quando deve iniciar o ciclo de cortes da Selic – tendo em vista a provável convergência das expectativas de inflação em 2024 e 2025 para suas respectivas metas –, de modo que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano.


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