Brasil prevê ganhos com guerra comercial China-EUA
- abrameq
- 6 de mar.
- 1 min de leitura
O governo federal prevê possíveis ganhos para as exportações do agronegócio brasileiro com o novo capítulo da guerra comercial entre China e Estados Unidos. Nesta terça-feira (4), Pequim impôs tarifas retaliatórias a produtos agrícolas e alimentos americanos. De acordo com membros do governo, que falaram sob condição de anonimato, o Brasil é o substituto natural para muitos dos produtos dos EUA agora sobretaxados pela China.
A expectativa é de um cenário parecido ao primeiro mandato de Donald Trump (2017-2020), quando o país se beneficiou, principalmente em um primeiro momento, de retaliações tarifárias contra os EUA aplicadas por China e outros sócios comerciais dos americanos.
Os ganhos do Brasil na época não foram maiores por causa de uma trégua assinada por EUA e China em 2020. Um dos pontos daquele entendimento era o aumento das compras chinesas de produtos agrícolas americanos. Apesar disso, a avaliação no governo é que o Brasil se consolidou como fornecedor prioritário dos chineses e confiável para casos de disrupções causadas por fatores geopolíticos.
A perda de espaço dos americanos para o Brasil foi reconhecida em um relatório de 2022 do Departamento de Agricultura dos EUA. O estudo destacou que, em 2018, os chineses deixaram de comprar cerca de US$ 8 bilhões em itens agrícolas dos americanos, ao passo que as vendas brasileiras desses produtos tiveram um salto de cerca de US$ 4 bilhões, em relação ao ano anterior.
Folha Press

Commentaires