O último relatório do FMI, divulgado em janeiro deste ano, demonstrou o retorno da política industrial como centro da estratégia das principais economias do mundo, sejam elas de países desenvolvidos ou emergentes. Atualmente existem mais de 2,7 mil mecanismos de apoio à indústria no mundo. Desde 2019, só os países desenvolvidos já investiram certa de US$ 12 trilhões no fortalecimento das bases industriais.
Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Rafael Lucchesi, o Brasil está conectado ao movimento. “O programa Nova Indústria Brasil, o Plano Mais Produção, o Plano de Transformação Ecológica e o novo PAC são agendas impulsionadoras da atividade industrial. Isso marca um novo ambiente muito positivo. Será o primeiro ENAI com uma agenda de política industrial”, afirmou Lucchesi.
O Custo Brasil também terá destaque na programação do ENAI. Sistema tributário ineficiente e complexo, alta taxa de juros e insegurança jurídica, entre outros fatores que retiram competitividade do mercado brasileiro, custam mais de R$ 1,7 trilhão ao país por ano. A transição energética e a descarbonização produtiva também vão permear os debates, munidos das últimas negociações sobre clima na recém encerrada Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), no Azerbaijão, da qual a CNI participou com ampla programação de debates e cases.
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