Calçadistas em alerta com tarifa menor na Argentina
- abrameq
- 17 de abr.
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A Argentina anunciou, no dia 31 de março, a redução das tarifas de importação de calçados, produtos têxteis, fios e tecidos que haviam sido estabelecidas pelo Mercado Comum do Sul (Mercosul) há 18 anos. De acordo com o governo argentino, a medida visa revisar os níveis da Tarifa Externa Comum (TEC) buscando “estabilizar os preços internos e garantir o abastecimento adequado no mercado local”. A decisão, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), “favorece as importações de calçados originárias de países extra–Mercosul e dos países com os quais o bloco econômico não possui acordos comerciais”.
Por meio do Decreto 236/2025, as tarifas sobre calçados e vestuário acabaram sendo reduzidas de 35% para 20%; de 26% a 18% tecidos; e diferentes tipos de fios de 18% para 12, 14 e 16%, retornando às tarifas anteriores a 2007.
Segundo o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, a redução da tarifa de importação de calçados na Argentina “na prática beneficia os exportadores asiáticos, uma vez que Vietnã, Indonésia e China, juntos, respondem por mais de 60% dos pares de calçados importados pela Argentina”.
O dirigente observa que a redução do diferencial tarifário entre Brasil e os asiáticos “deve elevar a competitividade dos calçados asiáticos no mercado argentino”. De acordo com Ferreira, isso pode afetar as exportações calçadistas brasileiras, que têm na Argentina seu segundo principal destino internacional.
Por fim, o governo argentino reitera que a medida “incentiva a concorrência e busca reduzir preços de calçados e a inflação” no país.
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