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Crise chinesa dificulta importação de produtos

Acontecimentos do outro lado do globo têm repercutido nas empresas brasileiras de diversos setores e portes. Para conter a pandemia de Covid-19, a China tem implementado uma série de lockdowns que fizeram com que a economia por lá pisasse no freio. Em um efeito dominó, a desaceleração dificulta a importação de produtos que são essenciais para as indústrias do Brasil, o que contribui para que a inflação siga em alta.

De acordo com o presidente executivo da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, em entrevista ao Estadão Conteúdo, a crise representa um impacto inflacionário e já afeta os preços dos produtos vindos do exterior. 'Em abril, os preços das importações, em dólares, subiram 34,4%, com recuo de 6,9% nas quantidades. Em março, os preços já tinham aumentado 29,5%', afirma.

A indústria farmacêutica nacional - que importa 90% dos insumos, a maior parte da China -, têm enfrentado um atraso de mais de duas semanas na entrega de matéria-primas, segundo informações da Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais), que congrega mais de 50 empresas. 'Em um mundo globalizado, qualquer situação que ocorra com grandes potências mundiais impacta no mercado, principalmente em países como o Brasil, um país subdesenvolvido e grande importador e exportador da China. Com a falta de insumos, a pressão sobre a inflação e, consequentemente, seu aumento, será inevitável', articula Richard Clayton, fundador da Trinta Porcento, empresa que atua com contabilidade e gestão empresarial.


Estadão






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