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Diferenças inviabilizam moeda comum no Mercosul, dizem especialistas

A criação de uma moeda comum para o Mercosul é um projeto ainda longe de se concretizar, segundo especialistas. As diferentes políticas monetárias dos países e a falta de órgãos controladores inviabilizam a realização deste projeto.

O embaixador da Argentina do Brasil, Daniel Scioli disse que não significa que cada país abrirá mão de sua moeda para adotar a mesma entre todos. Segundo ele, a ideia seria uma unidade para integração e aumento do intercâmbio comercial entre os países que formam bloco regional.

Mas, o professor de Economia Internacional do Insper, Roberto Dumas, disse que não dá para se ter duas moedas. “Se quiser ter uma moeda única dentro do Mercosul, precisa saber se ela vai valer nos países ou só para transações comerciais do bloco. Caso contrário, isso nunca vai acontecer”.

De acordo com o jurista Ives Gandra, é muito difícil essa intenção sair do papel na situação em que os países da região estão. “Se compararmos com a Zona do Euro, as discussões para a criação da moeda única começaram lá na década de 50. Em seguida foram implantadas as zonas franca, de livre comércio, aduaneira e mercado comum. A partir daí, com um parlamento forte, foi criado uma comissão capaz de dirigir os trabalhos, além de um conselho e um tribunal europeu”.

Dumas reforça que ter uma moeda comum para todos os países de um bloco é muito difícil. “A Europa começou a implantar o euro na economia doméstica em 1973, mesmo sem conseguir colocar todo o arcabouço em pé naquela época”.


CNN Brasil




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