O governo Jair Bolsonaro estuda reduzir as alíquotas do IPI linearmente em 15% a 30%. Conforme um integrante da equipe econômica ouvido pela reportagem, essas são as simulações que estão na mesa.
A redução de 30% impactaria em R$ 24 bilhões a arrecadação de tributos, o que também diminuiria o repasse do imposto aos Estados (destino de metade da arrecadação do IPI). A ideia é reduzir a alíquota incidente sobre todos os produtos, para não beneficiar setores específicos. A CNI vê a redução da alíquota do IPI como positiva. O gerente executivo de Economia da entidade, Mário Sérgio Telles, afirma que a medida baixaria os preços ao consumidor final.
Reduz a carga tributária sobre a indústria e sobre quem revende os produtos industriais — diz. Já a indústria da Zona Franca de Manaus, que tem como diferencial a isenção de IPI, recebe a proposta em tom de revolta. O executivo afirma que, se adotada, a medida poderá pôr em risco cerca de 500 mil empregos na capital amazonense ligados ao polo industrial. Ele também prevê que aumentaria a insegurança jurídica para os investidores estrangeiros.
Agência Estado
