O setor coureiro brasileiro exportou 97,7 milhões de metros quadrados (m²) no primeiro semestre de 2024, gerando US$ 650 milhões. Aumentos de 24,4% em área e de 15,4% em valor na comparação com igual período de 2023. Os dados foram apresentados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e analisados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB). Rogério Cunha, da Inteligência Comercial do CICB avalia o fechamento do se mestre como positivo, mas observa que os dados “devem ser analisados com cautela”. “Junho teve performance menor do que os meses anteriores, crescendo 4,4% sobre junho de 2023.
Esperamos continuar com a tendência de alta para o segundo semestre, sem desacelerar nas ações de promoção comercial e incentivo às exportações”, comenta. O Rio Grande do Sul respondeu por 25,6% da área e 26,6% do valor das exportações brasileiras no semestre. Os gaúchos exportaram 25 milhões de m², gerando US$ 173,2 milhões. Aumentos de 32,7% em valor e de 16,3% em área em relação a igual período de 2023. Segundo o presidente-executivo da Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul (AICSul), Moacir Berger, o desempenho do setor coureiro gaúcho no mercado externo, que indicava tendência de alta no primeiro trimestre, “se consolidou definitivamente” no fim do primeiro semestre”. “Com números até surpreendentes se considerado o período atípico pelo qual passou o setor e o estado passaram no início de maio (catástrofe climática”, avalia o dirigente.
Os principais mercados para o couro brasileiro no primeiro semestre de 2024 foram os seguintes: China e Hong Kong (participação de 32,2% no total das exportações, alta de 20,7% sobre mesmo período de 2023), Itália (share de 12,5% e alta de 13,6%), Vietnã (10,10% de participação, ou 104,9% a mais) e México (5,9% do total, alta de 56,0%). China (26,1%), Itália (10,1%) e Vietnã (9,4%) foram os países mais representativos dentre os clientes internacionais dos curtumes gaúchos no primeiro semestre de 2024. “É de ressaltar ainda, que 70,3% dos couros e peles exportados, foram nos estágios acabado e semiacabado”, comenta o presidente-executivo da AICSul.
Jornal NH
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