A indústria de transformação perdeu fôlego na passagem de janeiro para fevereiro deste ano, de acordo com os Indicadores Industriais da CNI. A pesquisa, com empresas que correspondem a cerca de 95% do PIB industrial, aponta uma trajetória de desaceleração nos seis fatores analisados: faturamento, horas trabalhadas na produção, emprego, massa salarial, rendimento e utilização da capacidade instalada.
De acordo com economista da CNI Larissa Nocko, a indústria vinha dando sinais de desaceleração nos últimos meses de 2022 e, em fevereiro, os indicadores registraram uma misto de estabilidade e recuo.
“Essa perda de fôlego da atividade industrial reflete o período prolongado de convivência com juros altos, agravado pela incerteza que marcou os últimos meses e que vem penalizando os investimentos produtivos”, explica a economista.
O faturamento real da indústria registrou recuo de 0,1% em fevereiro de 2023 em comparação com janeiro. A queda representa uma continuidade da trajetória de queda gradual do indicador iniciada no segundo semestre de 2022. Apesar disso, houve crescimento de 1,4% no indicador, na comparação com fevereiro de 2022.
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