Após três anos sem grandes alterações e em baixos níveis, a proporção de empresas que investiram voltou a crescer em 2021, para 72,5%, 8,7 pontos percentuais acima do ano passado (63,8%). O percentual é o maior desde 2014 (77,3%) e confirmou a pretensão de investir do início do ano pela primeira vez desde 2017. A Pesquisa de Investimentos na Indústria 2021/2022, realizada pela FIERGS, foi divulgada nesta quarta-feira (16). “O crescimento da atividade industrial gaúcha em 2021 veio acompanhado da expansão e atualização do parque produtivo”, relata o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, “e o setor deverá continuar investindo”.
O cenário favorável aos investimentos também foi percebido pelo percentual de empresas que os realizaram tal como planejado em 2021, o mais alto desde 2012: 57,1%, 20,2 pontos percentuais acima de 2020 e 7,7 pontos percentuais acima da média histórica. Somente 2,1% das empresas adiaram os investimentos para 2022 ou depois. Para 76,2%, o custo dos insumos, reduzindo recursos disponíveis, foi a principal razão para a não realização plena dos investimentos em 2021. Assinalada por 45,2% das empresas, a incerteza no contexto econômico foi a segunda causa mais importante. Queda das receitas, e a consequente redução nos recursos para investimento, com 26,2% das assinalações, foi a terceira maior razão. Com 21,4% das respostas, a elevação das taxas de juros, encarecendo os financiamentos, foi o quarto maior fator de impedimento.
Grande parte dos investimentos da indústria gaúcha em 2021 foi, mais uma vez, financiada com recursos da própria empresa: em média, 70,0% do valor, 2,2 pontos percentuais abaixo de 2020 e vem diminuindo gradualmente desde 2018. Os bancos comerciais (públicos e privados) financiaram, em média, 19,0% e os bancos oficiais de desenvolvimento, 7,0% do valor total. Sete em cada dez empresas que investiram em 2021, o fizeram na aquisição de máquinas e equipamentos novos e, 64,3% delas, na manutenção/atualização dos que estão em uso. Os investimentos em instalações continuaram sendo o terceiro tipo mais frequente em 2021: seis em cada dez empresas.
Comunicação da FIERGS
