O diretor executivo da Fitch Ratings no Brasil, Rafael Guedes, entende que as perspectivas fiscais do País entraram em um viés negativo desde julho, quando a agência elevou a nota de crédito soberano: de BB- para BB. Ele pondera, no entanto, que não será o resultado fiscal do ano que vem que vai determinar a trajetória de rating do Brasil.
“Os números de déficit fiscal têm um viés negativo alto. Nós ainda damos o benefício da dúvida de que o governo vai conseguir passar medidas para aumentar a arrecadação e, se não for o caso, tomar medidas para, pelo menos, reduzir o déficit em 2024?, afirma.
O executivo avisa que, caso o governo ceda às pressões de aliados para mudar a meta já em 2024, primeiro ano do novo arcabouço fiscal, não será algo bem-visto nem pelo mercado nem pelas agências de classificação de risco.
InfoMoney
