Recentemente, a Corporate Consulting, consultoria empresarial especializada em reestruturação financeira de negócios, revelou, em pesquisa, um cenário preocupante para os setores da indústria, serviços, comércio e transportes no país.
Para 52% delas, o faturamento caiu pela metade em relação ao ano de 2019, para 37%, o endividamento aumentou e para 84% das empresas é necessário emprestar dinheiro para reforçar o caixa.
As empresas que participaram do levantamento tinham um faturamento anual entre R$ 60 milhões e R$ 400 milhões que, juntas, empregam pouco mais de 100 mil pessoas.
“Com a pandemia, a situação mudou muito em razão da alta de custos, da falta de insumos e da previsibilidade do negócio”, diz o CEO da Corporate Consulting, Luís Alberto de Paiva.
Dentre os problemas enfrentados pelos negócios estão margens insuficientes para manter a atividade; passivos que comprometem o capital de giro; estoques reduzidos; dificuldades para negociar prazos de pagamento.
Diante deste cenário, as empresas tendem a suspender pagamento de impostos, reduzir quadro de funcionários, cortar salários e deixar de pagar bancos e credores, conforme explica o CEO. A fragilidade dos negócios chegou a tal ponto, diz ele, que, com a pandemia, a recuperação de uma companhia endividada, que levava oito meses em média, passou para dois anos.
Diário do Comércio
