Um ambiente para os bancos pior do que o previsto no início do ano. É assim que alguns analistas descrevem o pano de fundo vivenciado pelas instituições financeiras ao longo do segundo trimestre de 2022. Prestes a divulgar resultados referentes ao período, Santander Brasil, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil não devem escapar da deterioração da qualidade do crédito.
Além de um maior volume de empréstimos não pagos, os balanços dos “bancões” também devem apresentar provisões maiores para créditos inadimplentes. “Acreditamos que empréstimos sem garantias ao consumidor e cartões de crédito vão continuar sob pressão, com a inflação alta e o endividamento das famílias”, escreveu a equipe de análise do JP Morgan.
Por outro lado, os analistas acreditam que as instituições financeiras podem ter apresentado uma expansão de margens entre abril e junho deste ano. “Os bancos continuam a crescer em segmentos de maior risco, em que conseguem spreads maiores”, afirmam os analistas do Bradesco BBI. A análise da XP também é de melhora na margem financeira bruta das empresas, com o crédito mais caro, em decorrência da elevação de juros. “Destaque para as linhas relacionadas ao consumo e agronegócio”, diz o relatório.
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