Nos cinco primeiros meses do ano, o Rio Grande do Sul se manteve como a principal origem das exportações brasileiras de couro - respondendo por 26,5% do volume e por 27,2% do valor. Entre janeiro e maio, os curtumes gaúchos embarcaram 15 milhões de metros quadrados, somando US$ 150 milhões. Em relação ao mesmo período de 2021, o resultado correspondeu a quedas de 26,8% no volume e de 7,9% em valor. As informações são da Secex compiladas pelo CICB.
"O setor dá sinais de recuperação da atividade em níveis que indicam rápida retomada aos patamares da pré-pandemia. Os curtumes, por essencial, não sofreram paralisação relevante durante a pandemia, o que permitiu uma formação de estoque além da normalidade, já que as fábricas de manufaturas tiveram paradas muito importantes e o comércio muito mais", aponta o presidente-executivo da AICSul, Moacir Berger de Souza.
Respondendo por 62,4%, o acabado foi o principal tipo de couro exportado pelos gaúchos nos cinco primeiros meses, seguido por semi acabado (17,9%), wet blue (12,1%) e raspa (7,6%). "A indústria curtidora gaúcha tem procurado, ao longo do tempo, manter ativo o desenvolvimento de novos produtos com maior índice de valor agregado de modo a permitir a abrangência de todos os segmentos de consumo, priorizando aqueles que melhor se adequam às condições de qualidade da matéria-prima brasileira", destaca Souza.
Os principais importadores do couro gaúcho foram: China (35%), Itália (11,7%), Estados Unidos (10,7%), México (5,7%) e Vietnã (4,4%).
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