A reunião de conselho da Abrameq deste mês de outubro, realizada na quinta-feira (26) foi aberta a todos os associados para tratar especialmente sobre o tema Tecnologias 4.0. O convidado foi Fabiano Dallacorte, coordenador estadual de indústria e energia do Sebrae RS, que fez uma explanação a respeito das tecnologias que vem observando nos eventos em que participou ao longo dos últimos anos. Disse perceber que o Brasil está muito próximo a nível de tecnologia do que vem sendo ofertado no mundo. Comentou que as empresas estão buscando aproximar os atores das cadeias produtivas, com trechos logísticos mais curtos, friendly shoring, e o desenvolvimento da produção com países/regiões parceiras para obter mais eficiência. Destacou que a grande tendência nas feiras dos últimos dois anos são os gêmeos digitais, que simulam o ambiente físico com total precisão no digital. Comentou também sobre o metaverso industrial, que é uma evolução dos gêmeos digitais expandido para a fábrica toda e como isso facilita a flexibilidade e aumento de produtividade geral, com exemplos da Feira de Hannover. Disse que o que torna a indústria inteligente é o fluxo de informações entre toda a cadeia de valor, com entregas rápidas e baixo custo e que vê como desafios a redução de custos, aumento da qualidade, flexibilidade, ciclos de inovação curtos, falta de talentos e a demanda por sustentabilidade. Falou sobre as mudanças nos modelos de produção, demostrando informações do CEO da Huawei, que destaca o uso mais expressivo da impressora 3D nos processos de fabricação, trazendo exemplos da fabricação inteligente na prática. Fabiano disse que as impressoras 3D estão se aperfeiçoando cada vez mais, passando a utilizar, inclusive, materiais como o cobre no processo de impressão. Mostrou também exemplos de scanners 3D demonstrados na feira Mercopar realizada na última semana em Caxias do Sul/RS e também os robôs colaborativos, que são muito interessantes para a indústria farmacêutica. Falou também da tecnologia empregada pela EasyPro durante a Mercopar, com o desenvolvimento de processos voltados a ergonomia e cronoanálise. Finalizou dizendo que criatividade, empatia e julgamento serão o futuro da mão de obra humana, características que a inteligência artificial não alcança, e as empresas terão que colocar em prática a produção enxuta e a melhoria contínua em seus processos industriais.
