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Vale do Paranhana concentra criação do setor calçadista

A produção de calçados no Vale do Paranhana e na Serra há muito tempo não é mais aquele grande galpão limitado à fabricação em série de componentes ou pares de calçados. O papel deste, que é um dos principais polos calçadistas do País, cada vez mais é o de criação e desenvolvimento.


Foi a partir do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Vulcabras, em Parobé, por exemplo, que a criação do primeiro tênis de corrida com o uso do grafeno começou a tomar forma. Foram 18 meses de trabalho em parceria com o UCS Graphene e outros 40 dias de desenvolvimento do protótipo inicial do calçado.


"Na indústria de calçados esportivos, o desenvolvimento de novas tecnologias é uma parte fundamental do processo industrial. No caso do Olympikus Corre Grafeno, precisávamos desenvolver um material que garantisse o efeito trampolim, absorvendo o impacto da passada e transformando em impulsão, com o menor gasto de energia possível. A busca de respostas aos desafios da produção é constante no centro de pesquisa e desenvolvimento", diz o CEO da Vulcabras, Pedro Bartelle.


Desde que o novo modelo foi lançado, em 2022, já foram 100 pódios garantidos por corredores de elite no País. Conquistas que, como explica Bartelle, envolvem centenas de pessoas. Só para desenvolver um modelo de tênis, são pelo menos 120 profissionais no processo que mais envolve tecnologia no mundo da indústria calçadista.


O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Parobé é o maior da América Latina. Lá a empresa tem 700 funcionários entre laboratórios de materiais, de realidade virtual, de usinagem para matrizes e de impressão 3D de solados, dedicando R$ 600 milhões nos últimos cinco anos em investimentos em tecnologia e inovação. Anualmente, mais de 800 modelos são gerados para a indústria. "Em Parobé, garantimos não só o desenvolvimento de tecnologia para produtos brasileiros, mas também a exportação de conhecimento para EUA e Japão", aponta o executivo.


Jornal do Comércio


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