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Tarifas do México afetam competitividade gaúcha, diz FIERGS

A aprovação pelo Congresso do México, na quarta-feira (10), de um aumento de tarifas de importação para países com os quais não há acordo de livre comércio, o que inclui o Brasil, representa impacto negativo para a indústria brasileira. O objetivo mexicano é fortalecer a produção doméstica e corrigir desequilíbrios comerciais, especialmente com a China, mas o resultado imediato para o Brasil é a perda de competitividade no mercado do México.


Essa decisão se dá em meio ao contexto de pressão comercial dos Estados Unidos e a preparação do México para a renegociação do acordo de livre-comércio USMCA, visando evitar que o país seja um ponto de entrada para produtos chineses no mercado americano.


De acordo com o Conselho de Comércio Exterior (Concex) do Sistema FIERGS, os acordos comerciais vigentes entre Brasil e México são insuficientes para neutralizar os impactos tarifários, uma vez que mais de 70% do que os brasileiros comercializam com os mexicanos estão fora desse escopo.


IMPACTO PARA O RS


Hoje o México é o 10º destino das exportações do Rio Grande do Sul. Em 2024, o estado exportou US$ 483,8 milhões para o México e importou do país US$ 147,6 milhões. Dentre os principais produtos gaúchos exportados, estão máquinas e equipamentos mecânicos (15,26% | US$ 73,8 milhões), veículos e suas partes (14,43% | US$ 69,7 milhões), ferro e aço (7,32% | 35,4 milhões), borracha e suas obras (6,57% | 31,7 milhões) e madeira, carvão vegetal e suas obras (5,73% | US$ 27,7). Destaca-se que 74,58% das exportações do RS para o México, em 2024, foram de produtos manufaturados.


Para a indústria de transformação, os acordos comerciais existentes com o México possuem cobertura limitada, o que deverá impactar várias cadeias. Os setores da indústria de transformação do RS que tem maior volume de exportação para o México e que estão contemplados na nova medida são máquinas e equipamentos mecânicos, veículos e suas partes (sendo que, grande parte do exportado pelo RS está coberto pelo ACE 55), ferro e aço, borracha, plástico e suas obras, alumínio e suas obras, couro e calçados, produtos de metal e móveis.


O Concex e a Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da FIERGS estão realizando uma avaliação detalhada sobre os impactos da medida mexicana para a indústria gaúcha. Para o presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier, essa decisão do Congresso mexicano é mais um entrave ao livre-comércio entre os países, o que engessa o fluxo de mercadorias. “É urgente uma aceleração das negociações entre os governos brasileiro e mexicano para um acordo de livre comércio que garanta maior competitividade para o fluxo comercial entre os países”, diz Bier.


Comunicação da FIERGS

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