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Tarifaço derruba exportações do RS aos EUA e indústria critica medidas compensatórias

Os impactos das tarifas de 50% anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump a produtos importados do Brasil geram preocupações na indústria gaúcha mesmo após o anúncio de medidas compensatórias pelo governo federal. De acordo com uma pesquisa realizada pela FIERGS, 80% dos exportadores do setor industrial consideram que as ações apresentadas são insuficientes para solucionar os problemas gerados pela taxação.


De acordo com o presidente da Movergs, Euclides Longhi, embora as iniciativas deem conta de mitigar os impactos das tarifas, não respondem adequadamente à complexidade da questão. “As linhas de crédito ajudam a dar um fôlego para os empresários, mas não resolvem o problema, porque são 50% de taxas. As ações são positivas, mas insuficientes”, avalia Longhi.


Agosto foi o primeiro mês a ter os impactos do tarifaço visíveis, conforme dados do Mdic. No nível nacional, as exportações para os Estados Unidos caíram 18,5% em relação a agosto de 2024, uma redução de US$ 2,762 bilhões.

Os índices contrariam a tendência de alta na venda de produtos para o país observada de janeiro a agosto, quando o aumento foi de 1,6%. Mesmo com as quedas de exportações a um dos principais parceiros comerciais do Brasil, a balança comercial brasileira registrou um superávit em agosto, com as exportações superando as importações.

O Rio Grande do Sul também teve impactos observáveis. Ao comparar o comércio estadual no mesmo período, é possível identificar um recuo de 18,6% nas exportações aos americanos, que caíram de US$ 159 milhões para US$ 129,4 milhões. Os Estados Unidos são, atualmente, o terceiro principal receptor dos produtos que saem do solo gaúcho que, apesar dos índices negativos, também registrou superávit na balança comercial.


Jornal do Comércio

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